Qualidade da Informação
Estar (bem) informado sobre os acontecimentos em Portugal e no Mundo é cada vez mais um desafio. Neste artigo analisamos algumas das opções e métodos para uma visão crítica da atualidade.
ARTIGOCULTURA
Num mundo cada vez mais volátil, a informação é um bem precioso. Os media têm sofrido mudanças profundas, com uma transição da televisão para as redes sociais e um foco cada vez maior em personalidades e comentadores e a confiabilidade das fontes é cada vez mais difícil de aferir. Neste artigo deixamos algumas sugestões para nos mantermos atualizados e apurar o sentido crítico.
Redes Sociais
Várias personalidades de relevo utilizam o Twitter como principal meio de comunicação. Presidentes dos Estados Unidos como Barack Obama e Donald Trump acumulam milhões de seguidores nesta rede, tendo o último gerado até questões prementes sobre o papel destas redes na coesão social de uma nação.
É ainda de realçar que muitas vezes certas informações são dadas a conhecer ao público a partir do Twitter, como por exemplo quando o FMI suspendeu os direitos de acesso a fundos no Afeganistão, no decurso na tomada de poder por parte do regime taliban. Ainda neste tema podemos destacar os perfis de jornalistas como a Clarissa Ward (correspondente internacional da CNN) e muitos outros que, no terreno, cobrem acontecimentos em áreas de difícil acesso ou onde os jornalistas se encontram em situações hostis.
Também no LinkedIn podemos encontrar não só perspetivas como também conselhos profissionais e de vida de personalidades como Richard Branson e Bill Gates, para além de conteúdos informativos de entidades como Ministérios, Bancos Centrais e mesmo a Comissão Europeia.
Programas de Comentário
São vários os programas de comentário em Portugal onde individualidades que ocupam ou ocuparam altos cargos públicos discutem os temas da atualidade, como por exemplo os comentários semanais de Marques Mendes e Paulo Portas, na SIC e TVI respetivamente.
Num panorama internacional, destacamos também jornalistas como Fareed Zakaria nos seus programas de análise geopolítica.
Podcasts
Os podcasts são uma excelente forma de conjugar a rotina diária com uma componente mais intelectual. São já várias as personalidades de apostam neste tipo de meio de comunicação, como o jornalista João Marinheiro e o seu premiado podcast Globalistas. Instituições públicas também já investem em podcasts para captar divulgar as suas ações mais recentes, sendo de destaque o Banco Central Europeu, que recentemente tem atualizado os seus seguidores sobre a nova política monetária a nível europeu. Da próxima vez que fores ao ginásio ou numa viagem de autocarro, aproveita para descobrir alguma desta programação.
Artigos
Artigos de opinião são uma excelente forma de conhecer diferentes pontos de vista e abordagens aos mais variados temas. Dentro da comunidade da Universidade Católica diversos docentes e investigadores contribuem para espaços de comentário em jornais e publicações científicas. Podes manter-te atualizado nas redes sociais da nossa universidade.
Eventos
Não só para estar informado, mas também para conhecer pessoas com interesses similares, são vários os eventos que permitem um maior contacto com uma diversidade de temas.
Destacamos as conhecidas TED Talks, que reúnem oradores com capacidade oratória e dinâmica impressionante em diversos eventos espalhados pelo mundo (muito por causa dos TEDx, eventos organizados de forma independente).
No panorama nacional é ainda de destacar a WebSummit, que reúne personalidades na área da tecnologia e outras, decorrendo em Lisboa.
Após todas estas opções, recomendamos o cruzamento de factos provenientes de diferentes origens, para garantir a máxima fiabilidade. Averiguar se a fonte tem conhecimento direto ou se é uma republicação pode também ser útil.
Por último, existe um fenómeno que, com o advento da internet e da data analytics se tornou preponderante, a filter bubble. Os algoritmos de pesquisa filtram os conteúdos que identificam como sendo compatíveis com as nossas crenças e posicionamentos ideológicos, impedindo-nos de contactar com perspetivas contrastantes. Por isso, diversificar as nossas fontes é mais do que nunca uma prerrogativa para uma boa capacidade de dialogar e compreender os outros.